quinta-feira, 14 de julho de 2011

Como a vocalização de sons e ultra-sons funciona.

Matéria por ser publicada na Revista Acesso Total.

Mais alguém ai ouve a mesma música mil vezes? Sim? E sabe explicar por que este ato repetitivo e, para aqueles que estão ao redor, chato pode ser tão aprazível? Eu juro que vou tentar.
Qualquer pessoa que trabalha, já trabalhou ou até já se divertiu num programa de edição de músicas sabe que estas são formadas por ondas. O termo ondas sonoras, geralmente vinculado as reclamações, aparece bastante também. Outra coisa que com o som, funciona em ondas, é a água. Claro, todos já estiveram no mar e viram as ondas e se atirar uma pedra num lago o local em que a pedra cair vai formar ondas circulares “fugindo” do ponto de colisão. Alguém já fez a experiência de colocar um copo com água ao lado de uma caixa de som com a música muito alta? Faça, vai constatar que o que se gera na água é som.
Chegamos a um ponto importante da coisa toda, porque se água e som movem-se em ondas, logo, nós nos movemos em ondas... Vou explicar. Para os mais desinformados o corpo humano é formado 70% por água. Dessa forma, se a música gera ondas na água de um copo é certeza que ela também vai fazer vibrar a água dentro do nosso corpo. Assim sendo, toda música age fisicamente no nosso corpo.
Mas tem mais, quando se ouve música, também é natural que se sinta tocado por ela, não apenas física, mas emocionalmente. Quantas pessoas não saem de uma ópera às lágrimas ou de um concerto de rock aos berros? Isso demonstra claramente as ondas musicais em acção no emocional. E quem é que não se sente mais animado e cheio de vontade de realizar coisas novas quando esta ou aquela música tocam, mais uma vez a emoção a se alterar através das ondas sonoras.
Basicamente, isso quer dizer que o nosso corpo é feito por ondas e é natural que quando encontramos as ondas que estão na nossa frequência atual, queremos que essa música se mantenha por um longo tempo. Infelizmente, a maioria das músicas de de 3 a 5 minutos, clássicas e algumas outras por vezes vão além, mas mesmo assim a vontade de as ouvir de novo se mantém. Assim sendo, até que a frequência mude, a vontade de ouvir aquela música se mantém, depois, enjoa.
Assim sendo, procure experienciar essa sensação, deixe a música fluir, é natural que gere este estimulo de forma contínua, mas se vivenciar a coisa como tem que ser, talvez não precise repetí-la tantas vezes. E, por favor, respeite os colegas, o mais provável é que eles não estejam na mesma onda, portanto, não precisam ser obrigados a ouvir a mesma música. Os fones de ouvido (para os brasileiros) e os auscultadores (para os portugueses) servem para isso.

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